terça-feira, 16 de setembro de 2008

Insegurança.

No outro dia liguei a tv e estava a dar um clip com muita gente à pancada e malta a disparar caçadeiras pelo meio da rua assim na boa. ‘Mais problemas nas favelas do Brasil.’ – pensei eu – mas afinal era em Portugal, aquela história qualquer entre os indivíduos de raça negra e os de etnia cigana.

Mas afinal vivemos onde?

No outro dia depois daquele post sobre os carros, lembrei-me disto.Vamos tomar como exemplo o carjacking, que é um problema muito real, onde morrem pessoas que até querem cooperar com o assaltante. Certamente que não há de ser tão simples como no GTA ter um gajo a puxar-nos para fora e a seguir em frente sem nos fazer nada.

Em conversa com amigos chegámos à conclusão que mesmo que tivéssemos dinheiro para o comprar, será que compensava comprar um carro vistoso e caro? Ou será que só éramos alvos mais prováveis e apetecíveis ao carjacking?

Quem é que em tempos já não foi com o namorado/a para um descampado ou outro sítio qualquer à noite fazer coisas giras no carro completamente despreocupado? Será que agora iam com a mesma despreocupação?

Digo isto até porque hoje em dia já não somos abordados por alguém que nos quer assaltar apenas com os punhos ou um canivete suíço. É de pistola logo, e é pessoal que não tem problemas nenhuns em disparar e que não lhe pesa nada na consciência caso tenha que premir o gatilho.

A violência acaba depois por gerar mais violência. Aliás, acho que nunca vi tantas notícias como roubos a lojas ou a bancos como agora. O comerciante que é assaltado duas ou 3 vezes farta-se e compra uma arma. Calha-lhe um dia em que tem que a usar, e a defesa própria passa ao ataque. E muitas destas vezes acabamos com aquela pessoa que só se quis defender a apanhar 30 anos de cadeia, e o coitado do criminoso que não se consegue inserir na sociedade porque teve uma má formação na infância cá fora. Com jeitinho ainda recebe uma indeminização.

Dizem os especialistas que isso se resolve com mais policiamento. A sério? Então ponham na rua esssas tais pessoas competentes e honestas, em que o real dever deles é ‘proteger o cidadão’. Mas, até que ponto o agente vai para proteger o cidadão? Até que ponto não se vende para um sustento extra da família lá em casa? Será que ainda há muita gente a querer ser polícia? Mas uma coisa também garanto, e sejam realistas, a segurança cá fora só funciona se a justiça dentro dos tribunais funcionar também. Isto é só a minha humilde opinião, acho que o governo português devia investir mais na segurança pública, para subir a moral dos portugueses e para afastar este sentimento nefasto de desconfiança que não me parece que se dissipe tão cedo, se alguma vez. Antes mais 1000 agentes a zelar pelas ruas do que um submarino nuclear a ganhar ferrugem na doca de Alcântara.

Ou isso ou o Robocop.

Um apreensivo bem haja,

-A

1 comentário:

Anónimo disse...

O problema é que não sei onde vão buscar tantos reforços policiais, visto que de cada vez que ocorre uma situação ou crime mais publicitado nos meios de comunicação como no Porto com aquele dos seguranças vem alguem do nosso governo dizer que tal zona vai sofrer um reforço policial e aquela tambem, ou seja outras estarao mais desprotegidas provavelmente..