quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Coisas do passado 4 : O Dragon Ball




No seguimento da ideia dada por Leonel há uns posts atrás, resolvi escrever algo sobre a mítica série que marcou a infância de todos. O Dragon Ball.

Desenhos foleiros quanto baste, animações recicladas umas 100x em cada episódio, e uma dobragem de meter medo (mas que provocava muita risota), e aquelas fun scenes da gota de água enorme e de toda a gente cair para trás num momento humilhante ou algo do género, eram a ordem do dia. Nunca fui muito fã do Dragon Ball (o primeiro), embora muita gente ache que esse é o melhor. Isto resumia-se às aventuras e desventuras de Son Goku (imbecil todos os dias, quando era pequeno) a combater o Pilaf e o exército da Legião Vermelha, e um ocasional Ton Pai Pai ou outro random monster, enquanto procurava as bolas de cristal acompanhado de Bulma e mais tarde Krilin. Momentos como a aparição de Yamcha (muito provavelmente a personagem mais inútil de sempre) e Ten Shin Han, a primeira vez que um Kamehameha foi feito, as viagens da nuvem mágica, a subida ao sítio onde morava aquele gato branco muito maluco, as badalhoquices da Tartaruga Genial (mas quem é que se lembrou de lhe dar este nome ?) e os famosíssimos Torneios das Artes Marciais que culminaram com Coraçãozinho de Satã (mais um nome fenomenal, deveras) tornavam-no, no entanto, interessante.

Quanto à dobragem, muitas são as personagens de que nos lembramos das vozes. Entre elas temos por exemplo os míticos Henrique Feist e Joaquim Monchique, em que o primeiro fazia a voz de Son Goku (embora fizessem bastantes outras) ou mesmo Cristina Cavalinho, que para os mais desatentos fazia a voz da Bulma.



Mas continuando, mais tarde apareceu o Dragon Ball Z, que veio fazer uma deliciosa continuação enquanto acompanhávamos Son Goku a crescer. Este trouxe desenhos mais aperfeiçoados, novas personagens, e uma storyline (dentro dos possíveis) mais adulta. Aquando a procura das bolas de cristal, vinham aparecendo os vilões, dividindo-se em 4 sagas. A Sayan saga, a Freezer saga, a Cell saga e a Buu saga. Quem acompanhou quando era miúdo sabe do que estou a falar.

É neste momento que pego num livro que Leonel me emprestou. Em francês, e bastante nerd, intitula-se ‘Le Dictionnaire de Dragon Ball – Edition française, Akira Toriyama’. Em pouco mais de 300 páginas explica o essencial, além de tudo aquilo que é perfeitamente demais saber.

No entanto, vou focar algumas coisas.

Isto tem uma cronologia altamente detalhada, pelo que segundo o livro, as coisas passam-se nos anos 700. Ou seja, o Vegeta nasceu em 732. A Bulma, o Ten Shin Han e o Yamcha em 733. O Krilin em 736 e o Son Goku em 737. Que conveniente serem todos quase da mesma idade e no entanto serem todos tão diferentes.
Por outro lado, ficam também a saber que a 6 de Abril de 750, o Son Goku e o Krilin conseguiram com sucesso treinar levando às costas uma carapaça de tartaruga de 40 kg.

Além disto, também constam os 4 futuros alternativos que aconteceriam no caso do Trunks não ter viajado para o passado. Ok. Também são representados os mapas do mundo em que eles vivem, assim como o mapa do outro mundo, e onde se situa tudo e mais alguma coisa. Mais ainda, a diplomacia, organização social, grupos raciais, religiões e culturas de vários planetas que foram vistos na série. Até tem um dicionário de Namek, escrito. Adiante, tem uma explicação para todos os termos usados, todos os objectos que há, e todas as personagens que aparecem. Até aquelas que aparecem durante 30 segundos durante só um episódio, ou que nunca apareceram, mas que pelos vistos existem.

Para finalizar, lembram-se de como eles mediam a energia em ‘unidades’ ? Do género ‘sou mesmo forte, tenho 5 mil unidades’ ou algo assim ? Por aqui ficam a saber que o Son Goku contra o Raditz tinha 416 unidades, e o Satã tinha 408. O Son Gohan tinha um máximo de 1307 e o Raditz tinha 1500. Contra o Freezer, Son Goku já tinha 3.000.000 unidades, e em super guerreiro 150.000.000. Freezer a 100% tinha 120.000.000. Em resumo, este livro é totalmente nerd, mas algo que eu teria sem dúvida na minha estante, porque considero-me um grande fã do desenho animado, tendo crescido com ele.

Já me estou a adiantar muito, mas queria mesmo fazer um post mais completo, por isso vou continuar.

De notar que o Dragon Ball Z era tudo menos perfeito. Tinha era o seu ‘quê’ de inovativo que nos fazia querer ver sempre o episódio seguinte. Mesmo assim qualquer fã se fartava de ficar 5 minutos dos 20 à espera que o Son Goku viesse e salvasse toda a gente. Qualquer um se fartava daquelas batalhas intermináveis que duravam por vezes 10 episódios sem ninguém se mexer.

Outra coisa é toda a gente ser fraca, até os irritarem. Todos, e repito todos, começam numa forma muito fraquinha, e apanham imensa porrada. Às tantas, cheios de sangue e todos partidos começam-se a rir e dizem algo como ‘É só isso que tens para dar? Estou só a 17% do meu verdadeiro poder! Espera que me vou transformar no meu mega ultra nível de super guerreiro xpto que estive a guardar para um momento como este e já vais ver como é!’. E corta para uma cena de transformação que demora o resto dos 15 minutos. Aliás, o plot é sempre o mesmo. Aliens de outro planeta aparecem e invariavelmente querem apoderar-se da terra, há porrada, fusões caso seja necessário, aventuras e desventuras, transformações 'surpreendentes', alguns bons morrem na batalha, bolas de cristal, ressuscitam, rejoice, e volta outra vez. Por vezes o gajo mau torna-se bom e junta-se ao grupo, um síndrome muito presente também. É por estas e por outras que o Dragon Ball nunca há de morrer e porque é que o Son Goku foi votado mundialmente como ‘a personagem mais forte de sempre’. É infindável e apetece sempre ver, mesmo que já se saiba o que vai acontecer. Nem que seja pela tradução em português.

Depois deste veio o Dragon Ball GT, do qual não vou falar, porque o detesto, além de nem ter sido feito pelo criador original.

Eu podia continuar a falar disto durante muitas mais linhas, mas já está excessivamente grande, confesso. Em todo o caso o meu último conselho é irem ao youtube quando tiverem algum tempo livre e procurarem ‘perolas da versao portuguesa do dragon ball z’ e não se vão arrepender.

Não percam o próximo episódio, porque nós também não !

Um poderoso bem haja,

-A

4 comentários:

Goretti de Anfetamina Cavalo disse...

monchique hum hum e feist...so por isso ja valeu a pena o post :) my fav queens !!

Anónimo disse...

Muito bom Abilio resumes toda a essencia da serie, que para mim deve o seu sucesso para alem das cenas de batalha e de uma boa storyline a personagens carismaticas como os meus favoritos e quase de toda a gente axo (visto que o Goku era um pouco pussy), sata e vegeta....

Artur "Bocadillo de Jamon" Pires disse...

great! A saga frieza eh a melhor... foi quando colei mais em DBZ

Anónimo disse...

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