domingo, 1 de junho de 2008

2º dia Rock In Chelas

O pouco que ouvi de Skank continua a ser o mesmo de sempre que ja ouvimos no sudoeste 2005. Ritmos quentes, boa musicalidade, com os êxitos como 'Partida de Futebol' e 'Garota Nacional'....

A canadiana Alanis Morissette acabou de assinar um concerto competente, alternando entre êxitos de carreira e alguns temas do novos álbuns . O recinto bem composto recebeu de braços abertos logo no início.A sequência final não poderia ser mais do agrado do público: de rajada, Morissette canta «You Oughta Know» (single que a apresentou ao mundo), com a audiência em apoteose, «Ironic», alvo de coro.O alinhamento fortemente baseado nas canções mais conhecidas foram argumentos mais que suficientes para apagar da memória um concerto morno no festival Sudoeste em 2002. O eclectismo da canadiana agradou visivelmente ao público, que se deixou guiar entre os refrões mais conhecidos.

Alejandro Sanz prossegue com o "espectaculo" e a sua actuação de guitarra acústica em riste. Um dos mais bem sucedidos cantores hispânicos da actualidade, o madrileno tem baseado o seu espectáculo em baladas quase «smooth jazz» e temas mais ritmados que, quer pelo protagonismo das cantoras de apoio quer pelo registo da banda, se aproximam de alguma música caribenha. Ivete Sangalo, uma surpresa recebida com emoção pelos espectadores , depois da actuação no dia de abertura do Rock In Rio Lisboa, a brasileira regressou à Cidade do Rock para acompanhar Alejandro Sanz no seu maior êxito, «Corazón Partido».Foi sem dúvida o momento alto do concerto, que desde então perdeu algum gás...

Bon Jovi. Qualquer filho dos anos 80 que se preze tem pelo menos um cd desta magnífica banda de Jersey e sabe cantarolar desde a 'Bad Medicine' até à 'These Days'.
De notar que todos os elementos da banda pareciam ter 10 anos a menos, e que os dentes de Jon Bon Jovi continuam a ser a referência da cor branca.

'You Give Love a Bad Name'(a nossa favorita), "Always" e "Living on a Prayer" foram muito definitivamente os pontos altos de todo o concerto.

Tal como na véspera, terão estado na Cidade do Rock mais de 90 mil pessoas, mas o que distingue os Bon Jovi de qualquer outra banda com um bom repertório para concertos de estádio é a entrega colocada em cada minuto do espectáculo. É tal como Gaspar um entertainer notável, e a forma como agarrou o público desde o primeiro segundo - irá ficar para a história do Rock In Rio Lisboa. Tal como outro «cliente» do Rock In Rio, Sting, Jon Bon Jovi envelheceu graciosamente, e os coletes justos, no final trocados por uma camisola da selecção nacional, continuam a mexer com as muitas senhoras e moças presentes na plateia.

Como se tudo isto não fosse suficiente, o concerto reservou ainda algumas surpresas ao público português – desde a passagem por «Mercy», de Duffy, e «Start Me Up» dos Rolling Stones Nenhum deles terá tido, porém, mais força que «Livin’ On A Prayer», ainda e sempre o hino de uns Bon Jovi.

Os Bon Jovi podem fazer baladas foleiras como já não se usa e não ser propriamente bem vistos no circuito das bandas «cool», mas sao verdadeiros e bons no que fazem e isso é que importa....

Realizado por Abílio Estéban da Silva Cavalo e Leonel Nunes de Amílcar da Silva Cavalo..Um bem haja e nao percam Rod Stewart!

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