domingo, 29 de junho de 2008

A final.

Nos inícios da primeira parte a Alemanha estava irreconhecível. Boas linhas de passe, a arriscar em sair da defesa, boa marcação homem a homem, bons contra ataques e maior posse de bola. A Espanha muito remetida a passar a bola ao redes e raramente avançava. Aos poucos foi ganhando mais poder de ataque, passes de Iniesta e Xavi que em nada ficavam a dever ao Deco. Sérgio Ramos e Puyol um pouco abaixo das expectativas, a deixar passar vezes a mais Podolski e Schweinsteiger. A insistência de Fernando Torres provou uma bola ao poste e um golo feito em situação bastante complicada e demonstraram a enorme qualidade de ‘El Niño’. Ballack já teria merecido o amarelo há mais tempo, e o que foi dado a Casillas foi perfeitamente injustificado. Da parte da Espanha, Capdevilla poderia ser substituido uma vez que não está a fazer grande coisa. Da parte da Alemanha, Mertesacker apesar da grande altura está a deixar-se bater muito pela velocidade espanhola. De notar os reflexos de Lehmann que perto do início ainda impediram um autogolo que julgo de Lahm. O Casillas fazia-me lembrar um Ricardo a sair bem aos cruzamentos, e o Torres um Nuno Gomes que sabia finalizar.

Na segunda parte deu muito mais Espanha. A Alemanha ia criando uma ou outra raríssima oportunidade de longe a longe, e os espanhóis iam aproveitando. Schweinsteiger ia tentando fazer algo, mas sem efeito. Não fosse Lehmann também um excelente redes, tinha ficado 2 ou 3-0. Belas jogadas construídas, enorme visão de jogo, muita coesão entre a equipa e ninguém armado em estrela valeram à Espanha a vitória merecida deste campeonato europeu após 44 anos, sem nunca terem perdido um jogo na fase final toda.

Man of the match: de Casillas a Xavi, passando por Iniesta, Senna ou Fernando Torres (por mim), Fernando Torres (pela UEFA).



Um futebolístico bem haja,

-A

Sem comentários: