A ambiguidade francesa e a badalhoquice das mulheres.

Como isto anda um pouco parado, senti necessidade de largar um pouco a bioquímica e tentar agitar um pouco os ânimos com algumas constatações (mais uma vez televisivas) que mais uma vez merecem serem faladas.

Tendo ontem estado reunidos em consílio na garagem, enquanto se fala da actualidade entre amigos, inevitavelmente os canais de televisão passam todos por uma roda viva, a ver se se encontra algo que possa fazer de imagem de fundo aquando das discussões alegóricas.

Eis que nos debatemos com a MCM. Um antro de francesadas incompreensíveis com um toque de tentativa de moda americana, mas de cultura europeia bastante enraizada. Azeiteiro portanto, e à força toda, todos conhecem este belo canal. Ora, tive a liberdade de comentar então alguns dos videoclips que vi.

O primeiro a captar-nos a atenção e que nos fez ficar a dar audiência a estes homossexuais gauleses foi este :

Eiffel 65 - Blue (Da Ba Dee). Isto é, provavelmente, uma das melhores coisinhas que já vi na televisão. Se quiserem perder 3 minutos e 40 segundos a apreciar esta fantástica realização, então foquem-se nestes pontos fulcrais :

- o estilo italo-franco-americano dos três mânfios que compõe esta 'banda', principalmente a roupa gangsta do vocalista e as madeixas loiras dum dos outros gajos.

- o efeito cher presente na voz, assim como os gráficos e ambientes 3d magnificamente recriados, muito próprios de 1997/98.

- as lyrics espectaculares como 'sou azul, dabadi dabada' ou 'tenho uma casa azul com uma janela azul' e 'tenho uma namorada e ela é TÃO azul'.

- os combates que se verificam entre os elementos da 'banda' e os supostos alienígenas.

Entre muitas outras coisas. Aliás, fazendo o quote, 'The name "Eiffel" was chosen randomly by a computer program and the "65" was scribbled onto their name on a demo by mistake', ou seja, muito pouco se poderia esperar dum grupo assim.

Para aqueles que não querem ver ou simplesmente não entenderam o plot, passo a explicar de forma extremamente resumida o que se passou, no meu entender:

'Uma banda muito bem sucedida, os Eiffel 65, cantam o seu novo hit acerca de um rapaz que vive num mundo azul, e vê tudo azul, por isso ninguém o compreende. No meio de um dos seus mega concertos cheios de audiência na terra, um bando de aliens (azuis) raptam o vocalista numa espécie de ovo azul, e metem-no na nave a bordo do planeta natal deles. Os seus companheiros prontamente vão atrás dele para o salvar. Quando chegam ao planeta, a força armada rapidamente tenta expulsar os amigos, ao que eles respondem com violentos poderes dignos de um episódio do dragonball. Enquanto isso o vocalista é libertado no meio de um palco, a cantar a mesma música que cantava na terra, para uma audiência de milhares de aliens iguais azuis, ao que ele demora cerca de 1 minuto a perceber que já não está onde estava. Os seus companheiros acabam por salvá-lo, e quando estão a ir de volta à terra, vêem uma mensagem no planeta a dizer 'please come back', ao que eles acedem ao pedido e voltam para o planeta deles.

Simplesmente fantástico. Mas seguindo em frente, no meio de mais músicas na ordem de david guetta e david vendetta e de outras em rap francês, surge-nos o mítico bob sinclar.

Isto tem muito pouco que se lhe diga. Nem eu percebi muito bem a 'história', a música é deveras pior mesmo até que a love generation, e aquele negro canta duma maneira muito estranha.

Mas tem gajas boas, é o que se quer. E é isto que me leva à segunda parte do post.

Vou ser muito sucinto. A música hoje em dia move massas, já desde o tempo dos beatles. Portanto quanto mais audiências se tiver e quanto mais conhecido se for, mais longe se vai chegar e mais dinheiro se vai ter. O bono é um bom exemplo disso.

Agora, será que não está tudo a cair no mesmo? Quando se vê um gajo a cantar, vê-se um latino a dominar a sua guitarra acústica, um branco a tocar canções de amor num piano, um grupo de jovens rebeldes numa banda normal, ou então um cantor solitário a imitar o elvis ou o frank sinatra.

E quando se vê uma gaja a cantar ? Vê-se isto.

isto,

isto,

e isto.

Portanto, uma cambada de badalhocas que ganham o delas a vender o corpo, mas musicalmente. O que não me deixa mentir é a quantidade de massas que isto move, e a quantidade de videoclips assim que é encontrada diariamente nos canais de música. Veio-me agora à cabeça outro que não me lembro muito bem do título da música nem da artista (lá está, comprova), mas eram meia dúzia de gajas seminuas e o refrão era 'come on baby, i'm sexy girl (sem, sem o -a-), come on baby, i'm nasty girl.' repetidamente. Como melómano que sou, revejo muito pouca qualidade neste tipo de música, assim como nas outras do género, visto serem demasiado básicas ou copiadas de outras músicas mais antigas.

Amigos, não me levem a mal, gosto tanto de ver as gajas como vocês porque sim, sou homem, é biológico, e a gente gosta, mas será que já estamos a entrar na era da prostituição musical? Ou já lá estamos há muito tempo?

-A