terça-feira, 23 de setembro de 2008
Opiário
Finalmente encontrei o verdadeiro poema de Fernando Pessoa que transmite os seus rasgos de genio mergulhados em ópium
"[...]
Ando expiando um crime numa mala,
Que um avô meu cometeu por requinte.
Tenho os nervos na forca, vinte a vinte,
E caí no ópio como numa vala.
Ao toque adormecido da morfina
Perco-me em transparências latejantes
E numa noite cheia de brilhantes,
Ergue-se a lua como a minha Sina.
[...]
Por isso eu tomo ópio. É um remédio
Sou um convalescente do Momento.
Moro no rés-do-chão do pensamento
E ver passar a Vida faz-me tédio.
[...]
Levo o dia a fumar, a beber coisas,
Drogas americanas que entontecem,
E eu já tão bêbado sem nada! Dessem
Melhor cérebro aos meus nervos como rosas.
Nunca fiz mais do que fumar a vida."
Esta verdadeira obra de arte não estudei eu na secundária...talvez por alguém ter medo de ouvir "ó stôra eu fumo umas ganzas e também escrevo dessas coisas!!"
O_o
"Em 1935: Morre de complicações hepáticas
em Lisboa"... A SERIO????
Mariazinha Goretti
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3 comentários:
Tas perdoada Maria Goretti..lol
Um bem-haja ah estimulação estupefaciente capaz de criar verdadeira arte.
Eu smp disse: droga não dá saúde não...
ninguem me ouve...
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