Abertura fácil.

Antes de mais nada, fica aqui o meu grande apreço pelo Pires, e pelos parabéns que me esqueci de lhe dar atempadamente, um grande abraço e um bem hajas, fica aqui o teu presente, além de outro que tenho para te dar pessoalmente :

http://rapidshare.com/files/71836961/Dead_Or_Alive_-_You_Spin_Me_Round__Like_A_Record___Remix_.mp3.html

Posto isto vamos ao assunto do dia.

Qualquer universitário que tenha um orçamento apertado e more relativamente longe de casa, tem obrigatoriamente que 90% das vezes se ver obrigado a fazer o jantar em casa, partindo do princípio que a hora de almoço não dá de todo para ir a casa.

Eu até sei cozinhar, e de vez em quando lá faço uns petiscos um bocado diferentes e variados, mas quando se chega a casa cansado e com pouca pachorra para as panelas, já se come mesmo só porque se tem que comer.

Uma vez que só se vai jantar ao saudoso Shô Bítor (portador de uma alegria e cortesia extrema que roça o homossexual) em dias de festa, sobrevive-se à pala de massa e atum, e outras iguarias tais. E é sobre isso que eu vou falar aqui. Enlatados.

Toda a gente conhece a maravilha do mundo dos enlatados. Aquele tipo de comida que é conservado num molho deveras estranho, que não queremos de todo saber o que o compõe mas que nos garantem que não tem corantes nem conservantes, nem qualquer tipo de aditivo. As datas de expiração rondam o ano 2012, por isso parece-me difícil que algo se aguente dentro duma lata durante tanto tempo sem levar com merdas em cima. Mas não discutamos isso.

A história começou quando no outro dia tive o discernimento de trazer do minipreço POLVO enlatado. Ora, eu pessoalmente gosto de polvo, com arroz, portanto como até me parecia minimamente racional resolvi abrir-me a novas experiências.

Nunca comi coisa mais horrível. Frio, com um sabor tipo pizza com 2 meses debaixo da cama, e com pedras pequeninas à mistura. Esqueçam.
Por outro lado, não dispenso o tomate triturado enlatado que tão bem fica por cima da massa que faço 3 vezes por semana, assim como os pêssegos em calda que são bem bons. Até feijão preto em lata já cozinhado também é bastante bom!

O atum é basicamente o pilar alimentício de todas as sociedades desde os tempos pré-históricos. Até o homo erectus já devia ter as suas latas de bom petisco num canto da caverna. De todas as coisas enlatadas é provavelmente a que tem melhor aspecto e que parece mais saudável.

Já as salsichas são um bocado ambíguas. Toda a gente gosta, e ninguém se importa de comer, embora saiba que aquilo é uma bela mistura de carne estranha e outros tantos animais. Aliás, lembro-me de lá na faculdade terem feito uma experiência qualquer com uma salsicha de vaca e aquilo dar 10% de pato. Mas isso são outros 500 paus.

A reter aquela espécie de gelatina que vem como meio de cultura daquilo. Se a metermos no frigorífico solidifica e fica uma gosma indiscritível que merecia um símbolo de biohazard na lata.

Além destes encontra-se muito mais coisas em lata, tais como cogumelos, sardinhas em molho de tomate (argh), e confesso que já encontrei salmão e carne assada (?).

Isto leva-me a quê ? A uma coisa pior que enlatados. Ou seja, comida que vem em sacos em que é suposto adicionar água e fica tudo com um ar bastante caseiro e delicioso.

Tenho lá em casa duas saquinhas, uma com canja em pó, outra com sopa de tomate em pó, em que o pacote da primeira retrata uma galinha com um ar extremamente saudável e alegre, o que só pode indicar boas notícias e a ausência de H5N1.

Portanto convido quem quiser aparecer, a jantar em minha casa para experimentar desde já estas sopas, caso se arranje coragem para tal feito.

- A